Codap: Eleição presidencial acirra debate sobre autonomia e sede do consórcio



A eleição para a nova diretoria do Consórcio Público para o Desenvolvimento do Alto Paraopeba (Codap), marcada para esta quarta-feira (19), transformou-se em um embate político de grande impacto regional. Duas chapas disputam a presidência: uma liderada pelo prefeito de Congonhas, Anderson Costa Cabido, e outra pelo prefeito de Mariana, Juliano Duarte. Inicialmente, o prefeito de Conselheiro Lafaiete, Leandro Chagas, também era candidato, mas retirou sua postulação e declarou apoio a Cabido, em um movimento estratégico para fortalecer a unidade regional.

A possível transferência da sede administrativa do Codap para Mariana tornou-se um dos principais pontos de debate, gerando preocupação entre os municípios do Alto Paraopeba. Juliano Duarte negou qualquer intenção de mudança, mas a questão continuou a repercutir. O consórcio, criado há quase 20 anos, é responsável por projetos como a gestão do aterro sanitário pelo Ecotres, a duplicação do Viaduto das Almas e a coordenação de serviços essenciais, como Defesa Civil e inspeção sanitária.

A disputa ganhou novos contornos com a entrada da maçonaria no debate político. Em um manifesto intitulado Maçons da Estrada Real e Alto Paraopeba, a organização declarou apoio irrestrito a Anderson Cabido, destacando sua experiência e papel na fundação do Codap. O documento, assinado por Edson de Souza, ressaltou a necessidade de um líder com visão estratégica para conduzir o consórcio em um novo ciclo de desenvolvimento.

Com a participação de 28 municípios consorciados, incluindo Conselheiro Lafaiete, Congonhas, Ouro Branco, Jeceaba e Mariana, a eleição do Codap se tornou um marco para o futuro da região. A escolha do novo presidente terá impacto direto nas políticas de desenvolvimento e articulação entre os municípios, reforçando o papel estratégico do consórcio no cenário político do Alto Paraopeba

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