Receita Federal revoga norma sobre Pix e anuncia medida provisória.

Em resposta à crescente desinformação, o Governo Federal anunciou a revogação da instrução normativa que ampliava a fiscalização das transações realizadas por meio do Pix. O secretário especial da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, informou que uma medida provisória (MP) substituirá a normativa e reforçará os princípios constitucionais de sigilo bancário, além de garantir que as transações via Pix permanecerão gratuitas para pessoas físicas.

A medida provisória também irá proibir que comerciantes cobrem valores diferentes para pagamentos feitos via Pix ou em dinheiro. Para Haddad, a MP visa acabar com as distorções provocadas pelas fake news, esclarecendo pontos fundamentais sobre o Pix e protegendo a economia popular. O novo ministro da Comunicação, Sidônio Pereira, já foi acionado para criar materiais informativos que esclareçam a verdade por trás das mudanças na legislação.

O Pix segue como o maior meio de pagamento instantâneo no Brasil, com 76,4% da população utilizando-o para efetuar pagamentos, e sua gratuidade e praticidade continuam sendo o principal atrativo para os usuários

 

O Banco Central reportou uma queda recorde no número de transações realizadas via Pix após a disseminação de fake news relacionadas a uma normativa da Receita Federal, que geraram insegurança e desconfiança entre os usuários do sistema de pagamentos instantâneos.

De acordo com um levantamento feito pelo jornal O Globo, durante o período em que as notícias falsas se espalharam, o número de transações caiu 10,9% em relação a dezembro de 2024, totalizando 1,25 bilhão de movimentações financeiras. As fake news afirmaram que o Governo Federal iniciaria a taxação de pagamentos feitos via Pix a partir de janeiro de 2025, alegando que pessoas físicas com movimentações acima de R$ 5 mil e jurídicas acima de R$ 15 mil seriam obrigadas a pagar imposto de renda sobre os valores transacionados.

Essas informações, no entanto, foram desmentidas pelo Governo Federal, que esclareceu que a mudança na normativa da Receita Federal visava, na realidade, reforçar a segurança das transações e prevenir fraudes, especialmente em bancos digitais e fintechs, que até então não eram obrigados a repassar informações para o governo sobre as movimentações de seus usuários.

O impacto das fake news foi imediato, com uma resposta negativa de pequenos comerciantes em todo o país, que, temerosos das supostas taxas, passaram a rejeitar pagamentos via Pix. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a medida tinha como objetivo garantir que as transações via Pix fossem tratadas de forma justa, sem discriminação em relação aos pagamentos em dinheiro.

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